Existe um tempo em nossa vida em que não sabemos falar, nem pensar com clareza, mas já sentimos profundamente. Antes do pensamento racional surgir, já estávamos vivenciando o mundo por meio das sensações: o calor do colo, o tom da voz, o brilho ou a ausência no olhar, o toque que conforta ou a frieza que abandona. É nesse tempo que se formam as memórias mais profundas da nossa existência: aquelas que moram no corpo, no inconsciente, na vibração que carregamos pela vida.
Essas memórias são invisíveis para a mente racional, mas continuam influenciando nossos pensamentos, comportamentos e relações. Como então acessá-las? Como compreendê-las se foram registradas antes mesmo de sabermos o que é compreender?
É aqui que entra o ego. Em sua função de sobrevivência, o ego cria uma “realidade paralela” que protege a nossa dor original. Ele constrói uma história que faz sentido para nós, mas que nem sempre corresponde às verdadeiras raízes do nosso sofrimento. Como um holograma mental, essa realidade é tão convincente que esquecemos da dor original e passamos a viver conforme as verdades do ego.
Mas o corpo não esquece. A alma sente. A energia da dor continua vibrando em nós, por trás das escolhas, dos medos, dos conflitos repetidos. É preciso coragem para entrar em contato com essa parte escondida e silenciada. Pois só assim será possível curar de verdade.

As nossas primeiras memórias não se apagam, apenas ficam escondidas, adormecidas no inconsciente.
Quando o ego cria um mundo para esconder a dor.
O ego não é o vilão da nossa história. Ele surge como um aliado da sobrevivência. Quando uma criança sente uma dor intensa, como a rejeição ou o abandono, ela ainda não tem recursos para compreender ou expressar o que está vivendo. O ego, então, entra em cena para proteger: cria uma história, um pensamento, uma explicação, um comportamento automático que ajude a evitar essa dor.
Com o tempo, esses mecanismos se tornam padrões inconscientes. Começamos a repetir relações, escolhas e reações que, no fundo, têm o objetivo de proteger a dor original. Mas como ela nunca foi olhada, nunca foi sentida com consciência, continua ativa, vibrando em nós.
Essas primeiras memórias, por terem sido formadas antes da linguagem, não podem ser acessadas por meio da lógica. Elas vivem no corpo, nas emoções, nas reações que não conseguimos controlar. Quando reagimos com medo, raiva, rejeição ou abandono em situações aparentemente simples, estamos acessando essas memórias profundas sem perceber.
O ego esconde essas memórias criando uma identidade: aquela que precisa ser forte, perfeita, aceita, admirada. Essa identidade busca reconhecimento, mas nunca está satisfeita. Isso acontece porque a verdade emocional continua viva no corpo, pedindo para ser sentida, acolhida e integrada.

Por trás de cada máscara, há um rosto marcado pela dor.
Acolher a dor para acessar a verdade.
Curar é um ato de coragem. Não se trata de destruir o ego, mas de ir além dele. Quando conseguimos silenciar as vozes mentais e entrar em contato com o que sentimos de verdade, abrimos espaço para a cura. Isso exige presença, escuta, compaixão.
A chave está em acessar o mundo da criança interior. Ir ao encontro das sensações que ela viveu, ouvir sua dor, reconhecer que o que ela sentiu é real. Ao fazermos isso, desativamos aos poucos o holograma do ego. As máscaras caem, as histórias perdem a força. Passamos a viver não mais a partir do medo e da defesa, mas a partir da verdade e da presença.
A neurociência nos ajuda a entender esse processo. A plasticidade cerebral mostra que podemos reconfigurar nossos padrões mentais e emocionais. Quando acolhemos a dor e criamos novos significados para ela, o cérebro literalmente se reorganiza. É possível curar memórias, transformar reações automáticas, vibrar em uma nova frequência.
Esse processo não é fácil, mas é libertador. Ao reconhecer as dores escondidas pelo ego, podemos nos libertar da repetição e abrir caminho para uma vida mais autêutica. A criança interior precisa ser ouvida, compreendida, amada. Só assim a luz da nossa essência pode voltar a brilhar.

Conectar-se com a nossa parte ferida é o caminho para a cura interior.
Conclusão.
As memórias formadas antes da razão não desaparecem. Elas apenas se escondem sob as máscaras do ego. Mas quando temos coragem de acessá-las, acolhê-las e ressignificá-las, abrimos a porta para uma nova forma de viver. Não mais baseados no medo e na defesa, mas na verdade e no amor.
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